POÇO REDONDO E O ABANDONO CRIMINOSO DAS OBRAS DA ÁGUA DA FLOR DA SERRA


Manoel Belarmino
 
O Município de Poço Redondo fez três convênios com a Fundação Nacional de Saúde - FUNASA para ampliação de sistemas de abastecimento de água na região do Assentamento Flor da Serra e do Território Quilombola da Serra da Guia. O Convênio de n° 679423, com vigência de 28/12/2012 a 30/06/2025, é no valor de R$ 2.025.039,69; o Convênio n° 864430, com vigência de  15/06/2018 a 15/06/2021, é no valor de R$1.000.000,00; e o Convênio n°855284, com vigência de 29/12/2017 a 31/12/2024, é no valor de R$500.000,00. Os três convênios totalizam um valor de R$3.525.039,69. Chegaram a ser liberados R$1.417.520,77 (70.00% do valor do convênio), mas as populações da Flor da Serra, do Quilombo Serra da Guia e do Novo Paraíso não sabem quando essas obras serão concluídas.

Poço Redondo é o Município de Sergipe que mais sofre com problemas estruturais da DESO, que causa os constantes desabastecimentos de água na cidade e nas comunidades do campo. E é de deixar qualquer cidadão poço-redondense triste ao saber que Poço Redondo tem mais de 3 milhões e meio de reais para a melhoria do sistema de abastecimento de água parados há alguns anos e que estão prestes a serem perdidos por causa da incompetência técnica e política dos gestores do Município.

Tudo que se trata da melhoria do acesso à água para o Município de Poço Redondo demora chegar, dá trabalho para dar certo, as obras são abandonadas.

Incompetência dos governantes ou conivência com a indústria das secas?

Em pleno século XXI, um Município como Poço Redondo perder mais de três milhões e meio de reais por incompetência de um gestor ou uma gestora é vergonhoso e criminoso.

As necessidades de estruturas e políticas de acesso à água em Poço Redondo continuam, mas um milhão e meio de reais que deveriam ser aplicados na ampliação dos sistemas de abastecimento de água em nosso Município continuam parados, abandonados ou literalmente perdidos.

Bem ali, distando poucos quilômetros está o Rio São Francisco e o Lago de Xingó e comunidades inteiras na humilhação, pedindo um carri pipa por favor. Confirma-se o que disse o Bispo Dom José Rodrigues: "No sertão não falta água, falta justiça".



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