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GALERIA DE ARTE RAIMUNDO ELIETE RECEBE A EXPOSIÇÃO “RETRATOS DO CAMPO” DE WILLMES CORREIA

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Manoel Belarmino A identidade, a memória e os cenários do sertão ganharão novas camadas de significado na exposição “Retratos do Campo”, do artista sergipano José Willmes Correia, natural de Poço Redondo. A mostra, que será aberta nesta quarta-feira, dia 19, às 10 horas, reúne obras em acrílico que traduzem, por meio de cores intensas e traços expressivos, o cotidiano e a paisagem rural do Alto Sertão Sergipano. Pedagogo, bacharel em Educação Física e membro da Academia Dorense de Letras, Willmes iniciou sua produção artística de forma tardia, aos 34 anos, após anos cultivando a pintura como vocação íntima. Suas primeiras criações utilizavam tinta óleo, explorando naturezas mortas e paisagens. Com o tempo, migrou para o acrílico, técnica que ampliou sua liberdade criativa e consolidou sua linguagem visual. A trajetória do artista ganhou novo impulso a partir de 2022, quando ingressou como instrutor de pintura na rede pública de Nossa Senhora das Dores. A iniciativa levou a prática ar...

Poço Redondo (SE) recebe o maior evento turístico do Brasil dedicado ao Cangaço

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Entre os dias 27 e 30 de novembro , Poço Redondo, no alto sertão de Sergipe, se torna a Capital Sergipana do Cangaço , recebendo o maior evento turístico-cultural do país voltado à história, memória e pesquisa do cangaço. https://cariricangaco.blogspot.com/2025/11/poco-redondo-e-pedro-alexandre-2025.html  A programação movimenta a cidade e o território, reunindo estudiosos, visitantes, comunidades tradicionais, artistas e gestores públicos. O roteiro inclui: ·          Pias das Panelas ·          Maranduba ·          Curralinho ·          Estrada Antônio Conselheiro ·          Consagração de Lugares de Memória ·          Conferências e palestras ·          Roda de conversas ·   ...

Polícia conclui investigação sobre mutilação de jumentos em Poço Redondo

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  Poço Redondo (SE), 31 de outubro de 2025 — A Delegacia de Polícia de Poço Redondo concluiu, nesta sexta-feira (31), a investigação sobre a mutilação de dois jumentos ocorrida na madrugada do dia 13 de outubro, na zona rural do município. As apurações apontam como principal suspeito um vizinho do terreno onde os animais estavam pastando. Segundo o boletim de ocorrência registrado pelo tutor dos animais, foram encontrados rastros de botas no local do crime. As pegadas seguiam em direção à residência do suspeito, o que levou os policiais até o imóvel. Durante as diligências, os agentes constataram que o homem utilizava botas compatíveis com as marcas encontradas na cena. Questionado sobre o episódio, ele negou envolvimento, mas entrou em contradição em diversos momentos do depoimento. As investigações também revelaram desavenças anteriores entre as partes, incluindo a morte de dois bodes pertencentes ao suspeito, fato que ele atribui a um familiar do tutor dos jumentos. Outros mem...

As raízes da violência e a indústria do tráfico

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Por Manoel Belarmino O modelo de sociedade em que vivemos se sustenta na espoliação e na exploração violenta da mais-valia do trabalho, além da exclusão impiedosa de grande parte da população — nas cidades e no campo. Entre o capital e o trabalho está o verdadeiro conflito. É nesse ponto que se enraíza a luta de classes, marcada pela dominação permanente dos donos do poder. Essa desigualdade, presente desde o início da história da humanidade, é o solo fértil onde germina a violência que se espalha por todos os campos da vida social. As raízes da violência fincam-se na cultura, na religião, na educação e na política. Na cultura A violência se expressa quando os governos desprezam e até condenam a cultura popular, seja nas comunidades rurais, seja nas urbanas. Por meio de suas grandes estruturas de comunicação e poder, excluem os valores das comunidades e impõem uma cultura de massa e de dominação. Quando não há estímulo à cultura do povo, o que prospera é a cultura da barbárie. Na reli...

EXPOSIÇÃO COLOCA POÇO REDONDO NO CENTRO DA CULTURA SERGIPANA

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  Por Manoel Belarmino Inaugurada no último dia 4 de outubro, na Galeria Municipal de Artes Raimundo Eliete, a exposição “Mestre Orlando do Couro – Ancestralidade viva na Pele Talhada” já repercute em todo o Estado de Sergipe, colocando Poço Redondo em destaque no cenário cultural sergipano. Com pequeno investimento da Prefeitura de Poço Redondo– pintura, reposição de porta e janela no prédio localizado ao lado da Câmara de Vereadores, no centro da cidade –, os resultados têm sido grandiosos. Desde a abertura, escolas, estudantes, professores e pesquisadores têm visitado o espaço, vivenciando de perto a arte e a história do sertão expressas nas peças do Mestre Orlando. A mostra apresenta obras em couro talhado que expressam a ancestralidade, resistência e identidade sertaneja. O artista transforma o couro em narrativa viva da memória do povo, fazendo da arte um elo entre passado e presente.   Além de valorizar o trabalho do artista, a exposição impulsiona a imagem de Poço Redo...

UMA GALERIA DE ARTES E UMA NOITE DE CULTURA NO CORAÇÃO DE POÇO REDONDO

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Manoel Belarmino* O centro de Poço Redondo viveu uma noite de beleza e emoção neste sábado, 4 de outubro. A Praça Eudócia se transformou em um grande palco cultural para celebrar a arte, a memória e a identidade do sertão. Ali foi exibido o filme-documentário premiado “Mestre Orlando do Couro: Ancestralidade Viva na Pele Talhada” , dentro da primeira edição do Cinema na Praça , ação do Projeto Cultura em Toda Parte , do Governo do Estado. O evento foi realizado em parceria entre a Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e a Prefeitura Municipal de Poço Redondo , por meio da Secretaria de Turismo, Cultura, Esportes, Lazer e Juventude , reunindo artistas, mestres da tradição e a comunidade para uma celebração de pertencimento e arte popular. A noite teve início com um marco histórico: a abertura  da Galeria Municipal de Artes Raimundo Eliete , espaço dedicado à preservação e difusão da arte local. A galeria abriu suas portas com a exposição “Mestre Orlando do Couro: Ancestrali...

AS ÁGUAS DO VELHO CHICO E AS ÁGUAS QUE FECUNDAM ATÉ O MAR MORTO

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Manoel Belarmino * O Rio e o Santo No amanhecer deste 4 de outubro, dia de São Francisco e do Rio Velho Chico , leio e reflito sobre Ezequiel 47, 1-12 — o trecho que fala da água que fecunda até o Mar Morto: “E junto ao rio, à sua margem, de um e de outro lado, nascerá toda a sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha, nem acabará o seu fruto; nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de comida e a sua folha de remédio.” (Ezequiel 47, 12). Ao reler esse trecho sagrado, penso no nosso Rio São Francisco , na Caatinga , no Cerrado e nos povos ribeirinhos que dependem das águas e das terras da Bacia do Velho Chico. Cerrado e Caatinga: os biomas do Velho Chico. A Bacia do São Francisco abrange dois biomas fundamentais: o Cerrado e a Caatinga . O Velho Chico é sustentado por dois grandes aquíferos — Urucuia e Bambuí — localizados no Cerrado, cuja recarga depende das chuvas absorvidas pelas raízes da vegeta...