Geoformas e Geoturismo em Poço Redondo
No coração do sertão sergipano, em Poço Redondo, a natureza esculpiu cenários que surpreendem pela beleza e pelo valor científico. Um exemplo é o Camará–Quiribas, onde, ao lado da Capelinha do Senhor dos Pobres, emergem rochas em formas peculiares, conhecidas como geoformas. Ali, a imaginação humana se encontra com a obra milenar dos ventos e das águas: é possível reconhecer a Pedra do Cágado e uma grande cavidade que se destaca no maciço rochoso.
No Riacho Jacaré, próximo ao Poço de Cima, outra maravilha se revela: a Pedra da Sela, esculpida pela própria natureza como se fosse obra de arte cuidadosamente talhada.
O espaço que abriga a Capelinha é um verdadeiro oásis sertanejo. O lago permanente formado pelas águas excedentes do Jacaré-Curituba, a vegetação nativa da caatinga, as cavidades rochosas de interesse espeleológico, um vistoso conjunto megalítico, as aves que enchem o ar de cantoria — tudo cria no visitante a sensação de estar diante de um lugar encantado.Mas as riquezas geológicas de Poço Redondo não se limitam ao Camará–Quiribas. O município guarda um vasto patrimônio natural e cultural com enorme potencial para o geoturismo:
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Morro do Mestre e Morro das Letras, com suas pinturas rupestres milenares;
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A Pedrata, possível observatório pré-histórico;
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O Sítio dos Cristais de Quartzo, revelando a força mineral da região;
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A Pedra da Sela, símbolo da escultura natural;
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As antigas cercas de pedra que delimitavam várzeas e soltas em Curralinho e Bonsucesso;
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O Cemitério de Pedra do Jacaré, guardião de memórias.
Cada um desses lugares conta uma parte da história geológica e humana do sertão, compondo um mosaico de ciência, cultura e encantamento.
Poço Redondo reúne todos os ingredientes para transformar esse patrimônio em atração turística sustentável, capaz de gerar conhecimento, valorização cultural e oportunidades econômicas.
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