Manoel Belarmino No último sábado, dia 15, estive no Maranduba e no Sitio dos Soares, em Poço Redondo, em busca dos cristais de quartzo e pude pisar sobre os torrões da antiga casa dos meus avós, onde eu nasci. E mesmo com o desmatamento daquela caatinga que abrigou por séculos os povos caatingueiros, ainda pude ver as cabeças de frades (melocactus zehnteri), cactos exemplos de resistência. Nós, os caatingueiros, precisamos aprender a conviver com o semiárido, aproveitando os ensinamentos das plantas. No Semiárido Brasileiro, com quase 900.000 km², em grande parte do ano não chove, por isso o solo é seco e esturricado. Quando chove, nos períodos das trovoadas e do inverno, muitas vezes as chuvas são torrenciais e caem de forma rápida, e a terra só molha a superfície, o suficiente para garantir a molhação das plantas que coletam água. As plantas que mais coletam água das chuvas são os cactos. E dentre elas a coroa de frade (melocactus zehnteri). Este cacto mantém sua estrutura