CONSTRUIR POLÍTICAS PÚBLICAS EFICIENTES NO SEMIÁRIDO REQUER CONSCIÊNCIA CRÍTICA
Manoel
Belarmino
Nas
redes sociais, principalmente Face e no Zap, já escrevi sobre educação
contextualizada e sobre a mobilidade rural, ambas pouco debatidas e pouco aceitas,
ou não aceitas, pela maioria dos gestores públicos. Estes preferem insistir nas
políticas públicas de educação de modelo tradicional, assim como a mobilidade
rural. Preferem cuidar apenas da mobilidade urbana. O modelo de políticas
públicas que estão aí é fácil de executar, cômodo e demasiadamente confortável
para os gestores. Não precisa muito esforço, no caso da educação, basta trazer
todos os alunos do campo para o centro do município, ter carteiras nas escolas,
teto, água, energia e ter o professor em todas as matérias e recebendo em dia,
para o gestor já está ótimo "demais".
Agora
implantar uma educação contextualizada, transformadora, exige muita vontade
política e consciência crítica dos gestores.
Mas
como disse no início, já escrevi sobre educação em outros textos anteriormente
publicados. Quero, rapidamente, tratar, neste, da Agricultura Familiar e da
Agroecologia. É igualmente como as outras políticas. Como se implantar um
modelo de politica municipal de agricultura familiar onde as prioridades são
apenas distribuir sementes fora do tempo, horas máquinas e cuidar das
inscrições e pagamentos do garantia safra?
Não
é possível, nos tempos atuais, vermos agricultores plantarem milho e feijão. Em
20 anos de plantio, em apenas 2 anos desses conseguir colheitas. E ter 18 anos
de prejuízos. Não há políticas públicas locais contextualizadas para a
agricultura familiar, camponesa e agroecológica para o semiárido. E os gestores
não tem a mínima vontade política em fazer a mudanças no modelo agrícola. O resultado
de fazer agricultura de qualquer jeito com apoio dos governos federal, estadual
e municipal gera esses resultados que estamos vendo aí. Fontes secas ou
salinizadas, áreas enormes desertificadas, descaatingamentos, desmatamentos e
áreas irrigadas envenenadas e salinizadas. E o pior: com apoio financeiro dos
governos e orientação da extensão rural governamental.
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