E O CANGACEIRO AVISTOU UM DISCO VOADOR

Autor: Manoel Belarmino

Foi no tempo do Cangaço
Nas caatingas do sertão
Que um fato aconteceu
De causar assombração
Um bicho estranho e voador
Apareceu no sertão.

Era um disco voador
Estranho e desconhecido
Avoava sem barulho
De forma bem atrevido
Pois que tinha um olho só,
Quatro assas e um ouvido.

O bicho desconhecido
Apareceu sem contenda
Olhando com um olho só
De forma estranha e horrenda
Era um disco voador
Sobrevoando a fazenda.

E o ano era vinte seis
Lá na Fazenda Favela
Quando voando no ar
Algo estranho se revela
E os cangaceiros não sabem
Que coisa estranha é aquela.

Preparou as suas armas,
Chamou toda a cabroeira,
Pra enfrentar o bicho estranho
Que fazia ali zueira
E assustando o cangaceiro
Por cima da faveleira.

Mas o cangaceiro em transe
Não conseguiu entender
Em qual tempo ele vivia
Para poder noção ter
Se no ano vinte e seis
Ou num futuro viver.

Foi aí que ele acordou
E saiu lá do embaraço
Saiu do tempo passado,
Sem fazer estardalhaço,
Pra dois mil e dezessete
Já no Cariri-Cangaço.

Que não era nada estranho,
Percebeu o cangaceiro
Quando assim teve noção
Que o tempo passou ligeiro
E disco voador não era
Era um drone bem maneiro.

Era um drone bem maneiro
Fotografando e filmando
Todo o Cariri Cangaço
E pra história documentando
Cangaceiros e volantes

Toda história recontando.

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