O TEMPO EM QUE OS VIVOS ESTÃO MORTOS

Manoel Belarmino

Poucos se assustam com a barbárie em que estamos prestes a vivê-la, porque o modelo de educação, as religiões, os meios de comunicação e os governos contribuem para que nos acostumemos com a paisagem que está aí. E teimam em manter essa realidade como natural. Mas estamos em um tempo em que existem doentes demais para cuidar de doentes, bandidos e ladrões demais para cuidar de bandidos e mortos demais para cuidar dos mortos. Hospitais e prontos socorros lotados. Cadeias lotadas e presos se matando. E nas ruas e comunidades bandidos julgam e condenam bandidos. Jovens envolvidos no crime ou não estão sendo julgados, condenados e eliminados. Condenados à morte por bandidos. O Estado parece inerte e ausente.

Escolas no campo fechadas. Ruas e pontes cheias de noias e zumbis. Órgãos de governos lotados de lúmpens nomeados e eleitos. O sistema nos ensina a conviver com a paisagem da barbárie.


Os poucos vivos que ainda existem têm uma grande tarefa: continuar vivendo e cuidar dos vivos.

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