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Mostrando postagens de novembro, 2018

UM GRITO NO DESERTO DE GENTE MOUCA

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Manoel Belarmino "Eu sou a voz que clama no deserto..." Esta frase foi proferida por João Batista, o profeta, o eremita, e está escrito na Bíblia Sagrada, mais precisamente no Livro de João (João 1,2-28). Se trouxermos essa palavra profética do mestre João Batista para a nossa realidade atual, clamar por políticas públicas decentes e eficientes, simples, e de resultados, é gritar sozinho. É gritar no deserto. Dizer e mostrar na prática que é possível construir politicas públicas de convivência no semiárido também, às vezes, é gritar sozinho no deserto. Há uma preguiça política e técnica quando a questão é políticas públicas. Dizer e mostrar tecnicamente que é possível. Dizer que somente um modelo de educação contextualizada, de convivência com o semiárido, libertadora e emancipadora, que forme cidadãos pensantes e críticos, poderá contribuir para a boa convivência e para a autossustentação no semiárido, é gritar sozinho. É nunca ser ouvido. Ainda hoje existe alg

AS RAÍZES DOS PROBLEMAS DO SEMIÁRIDO

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Manoel Belarmino Enquanto os homens e as mulheres continuarem se contentando com o enxergar apenas a superfície, o lixo e a podridão continuam no fundo do poço, alimentando e fortalecendo as raízes dos principais problemas do povo. Há uma preguiça política dos políticos e da sociedade na construção das políticas públicas. Poucos são os que se atrevem a questionar, discutir e propor ações e políticas de erradicação das raízes dos principais problemas do povo. Maquiou a superfície, aí já está tudo bem. Políticas de “paliativamento” ou de "sepulcros caiados". Podemos citar, por exemplo, as políticas de “arremediamento” dos problemas de acesso à água no semiárido com carros pipas do Exército e da Defesa Civil, quando se poderia construir estruturas com tecnologias eficientes e adequadas de captação e armazenamento de água das chuvas e do Rio São Francisco, recuperação de olhos d’água d'água, e as políticas de distribuição de sementes, quando se poderia investir em

O PREÇO DE UMA ELEIÇÃO

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Manoel Belarmino Quanto custa uma eleição? Se esta pergunta for direcionada aos candidatos, ou chefes políticos tradicionais, a resposta é a seguinte: muito cara, caríssima. Mas se houvesse respeito à democracia e à legislação eleitoral as despesas seriam baixíssimas tanto para os candidatos e candidatas como para os eleitores. Mas as eleições  têm sido muito cara para o Estado. Pois é este que mantém as estruturas físicas e humanas para o funcionamento de todo o processo eleitoral. Esse é o preço da democracia. Infelizmente o modelo viciado e deseducador de fazer política ainda predomina na sociedade. Os políticos teimam, de forma criminosa, em desobedecer as leis eleitorais. Insistem em comprar votos no varejo e no atacado como se fosse um curral de gado, de forma escancarada. Como uma eleição é cara para o candidato e para o leitor, se todas as despesas legais são pagas pelo Estado? Transporte dos eleitores, mesários , urnas, segurança e até a colinha para anotar os