MARIA BONITA
Autor:
Manoel Belarmino
Oh
Maria Bonita!
Como foi aquela noite em Angico?!
A
caatinga em silêncio
Talvez gostasse, gritasse...
Quem ouviu o grito rouco
Do silêncio da noite
Querendo dizer
Que antes de o Sol nascer
Uma tragédia aconteceria?
A
linguagem do vento
Com vozes de folhas de mato
Nenhum ouvido entendeu.
Vagalumes
ao longe
Tentaram gritar com luzes
Na escuridão da noite,
Mas os olhos não entenderam.
O
cheiro do mato daquela noite
Cheirava um misto de sangue
E de polvora.
Foi sentido,
Mas ninguém entendeu
O grito gritado no cheiro
De sangue e de pólvora.
Oh
Maria Bonita!
Como foi aquela noite em Angico?!
Como foi aquela noite
Que não amanheceu?
Como foi aquela noite em Angico?!
Talvez gostasse, gritasse...
Quem ouviu o grito rouco
Do silêncio da noite
Querendo dizer
Que antes de o Sol nascer
Uma tragédia aconteceria?
Com vozes de folhas de mato
Nenhum ouvido entendeu.
Tentaram gritar com luzes
Na escuridão da noite,
Mas os olhos não entenderam.
Cheirava um misto de sangue
E de polvora.
Foi sentido,
Mas ninguém entendeu
O grito gritado no cheiro
De sangue e de pólvora.
Como foi aquela noite em Angico?!
Como foi aquela noite
Que não amanheceu?
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