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FÓSSEIS DA MEGAFAUNA EXTINTA HÁ MAIS DE DEZ MIL ANOS EM POÇO REDONDO

Mano Belarmino Há anos que em Poço Redondo agricultores vêm encontrando fragmentos de fósseis de animais extintos há milhares de anos. Já foram encontrados e confirmados pelos cientistas da paleontologia fósseis em diversos lugares de Poço Redondo, como na Tytoya, no Charco de Libel e por último, no ano de 2013, na comunidade Areias, na propriedade do agricultor Joildo da Silva. Também já foram vistos fósseis nas proximidades de Sítios Novos, em Patos, no São José de Nazaré e na localidade Pedra Branca. São fósseis de mamíferos gigantes, que viveram na megafauna, há dez mil anos. Na localidade Charco do Libel foram encontrados fósseis de cinco táxons, duas preguiças gigantes, um mastodonte, um toxodonte e uma lhama. No tanque que secou, na propriedade de Joildo da Silva, foram encontrados diversos fósseis desses animais gigantes. Muitas vezes os fósseis são quebrados e destruídos por que parecem pedras, e os agricultores quando os encontram não imaginam serem essas preciosidades pale...

O CÉU DAS CARNAÍBAS NA HISTÓRIA DE SERGIPE

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Manoel Belarmino Bem antes do ajuntamento de Canudos, homens e mulheres, rejeitados, pobres de economia e carentes de apoio na fé, se ajuntaram e decidiram construir um céu na terra "ao vivo" com gente de carne e osso, nas Carnaíbas, nas proximidades da Vila do Riachão, atual Município de Riachão do Dantas, em Sergipe. Sob uma orientação religiosa, liderada por dois homens, tendo como símbolo religioso a Santa Cruz,   O Céu das Carnaíbas fora instalado na década de 1870   bem antes de Canudos de Antônio Conselheiro.   Ali, formava-se uma comunidade religiosa apartada das estruturas da Igreja Oficial e uma forma diferente de vida econômica totalmente autônoma, fora das rédeas do Estado. Sobre o Céu das Carnaíbas, Sílvio Romero escreveu: "... passou-se no lugar denominado Carnaíbas, próximo da Vila de Riachão, na província de Sergipe. Dois pretos velhos alienados fizeram morada em em uma casinhola onde havia uma Santa Cruz".   E ainda continuou escrevendo Romero...

NAS MONTANHAS DA SERRA NEGRA

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Manoel Belarnino   É verão, mas chegarão, Em muito breve, as frias noites, Do inverno do sertão, Com seus ventos frios de açoites.   As montanhas ficam mudas; Cobrem-se de neves cinza. Noites geladas, agudas... Até a Lua fica ranzinza.   Do cimo da serra, ao longe, Nada se avista; só neve. E na alcova, qual um monge, Minha alma repousa leve.   Serra Negra, cordilheira, Negra de azulada cor. De longe, vê-se faceira; De perto, avista-se amor.   Oh serras de homens santos! Lugares de mulheres santas! Que anônimos são tantos! Que anônimas são tantas!

O RIACHO DA CRUZ E A MORTE TRÁGICA DO MENINO BRÁULIO FEITOSA

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Manoel Belarmino   O menino Bráulio era filho de Otávio Feitosa e Fulorzina. Neto de Feitosa e Delminha e bisneto de Manoel Cardoso de Sousa. Era um poço-redondense da gema. Era descendente dos Cardoso e Souza do Poço de Cima. Os irmãos de Bráulio Feitosa eram tantos: Serapião, Érico, Sebastião, Liberato, Manoel, Víncula e Eunice (Maninha). Todos de sobrenome Feitosa. Os Feitosa do Poço de Cima, que também eram e ainda são Cardoso. Uma filha de Otávio, irmã de Bráulio, a Víncula, casou com João Joaquim e foi morar na fazenda União do tenente João Maria de Carvalho, na Serra Negra. Lá teve problemas sérios de saúde, e tem dificuldades de cuidar dos filhos. Sua mãe, Fulorzina envia o seu filho Otávio até a fazenda União para convencer a sua filha a retornar a Poço Redondo. Mas Vincula não retorna e o menino Bráulio volta sozinho para Poço Redondo. Na Feira da Serra Negra, num sábado, encontra Vieira de Bonsucesso, Luiz Pechincha de Curralinho e Maximino. Os quatro viajam juntos...

A LENDA DA SERRA ENCANTADA DA SANTA BRÍGIDA

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Manoel Belarmino   Há muitos anos, quando a povoação da Santa Brígida ainda estava em formação, os caboclos das caatingas do sertão baiano já admiravam aquela serra vistosa que geograficamente se destaca dentre as tantas serras e picos. Dos sertões de Canindé às caatingas do Raso da Catarina é o mundão dos índios e dos caboclos caatingueiros. Santa Brígida, uma povoação nova, de aglomeração de caboclos, surgia ali com o seu pequeno comércio, que, nas horas de precisão, atraía alguns caboclos das roças para comprarem alguma coisa de necessidade imediata. Um dia, José de Benício, caboclo matuto da roça, teve a necessidade de comprar açúcar e sal na povoação. Deixou seu rancho logo cedo e dirigiu-se à povoação da Santa Brígida. Montado no seu jumento, parceiro das viagens mais urgentes, quando passou nas proximidades da Serra Encantada, com o Sol no pino do meio dia, avistou, na sua frente, cruzando o caminho, um longo e grosso cordão de pedras brilhantes; pedras de ouro. As ped...

A RUA AGEMIRO GERÔNIMO EM POÇO REDONDO

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  Manoel Belarmino Muitas ruas de Poço Redondo têm o nome dos seus filhos do ligar; dos que aqui nasceram, viveram e fizeram história. Agemiro Gerônimo, que pelos Poço-redondenses era também conhecido por "Seu Remígio", teve o seu nome dado àquela rua que nasce na Rua São João e termina na Rua dos Frades, no Bairro Augusto Franco. É a Rua Agemiro Gerônimo. Na Rua Agemiro Gerônimo, residem: Pedro Rosendo, Rivaldo, Gilenilson, Givaldo, Argentina(irmão de Augustinho), Maria José Braz, Cacilda, Irlan e outros. Também moraram ali, Genésio e Idália, já falecidos. Agemiro Gerônimo, o Remígio, um da família Gerônimo, era filho natural de Poço Redondo. Irmão da esposa de Zé Joaquim. Esse Zé Joaquim era pai de Seu Gabriel e era pai também daquele Zé Joaquim, que foi cruelmente assassinado pelos cangaceiros nas margens do riacho do Braz. Agemiro Gerônimo era pai de Meron e de uma menina, nascidos em Poço Redondo, resultado do seu primeiro casamento. Quando a primeira esposa de...
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LIXO URBANO: COLETA SELETIVA E USINA DE COMPOSTAGEM Manoel Belarmino Infelizmente, nós de Poço Redondo, assim como todas as cidades, produzimos muito lixo e não damos a sua destinação adequada. Garrafas, plásticos, ferros, eletrônicos obsoletos , e uma imensidão de outros resíduos sólidos são jogados de qualquer jeito nos lixões inadequados. A convivência com o lixo, nesse modelo tradicional de coleta e destinação, nunca é harmoniosa. Além de o lixo exposto nas ruas ou jogados em áreas inadequadas causarem grandes problemas e prejuízos, a coleta e destinação causa despesas aos cofres públicos dos municípios com os serviços de coleta. Mas há saídas para uma coleta, destinação e tratamento adequados aos materiais sólidos, Inclusive reduzindo as despesas com a coleta e a destinação. A saída é a Coleta Seletiva, que é o recolhimento dos materiais que são possíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte geradora. Dentre estes materiais recicláveis podemos cit...