ACESSO À ÁGUA É UM DIREITO HUMANO


Manoel Belarmino

Pequenas e grandes estruturas com tecnologias de captação e armazenamento de água das chuvas são necessárias e urgentes para a convivência do homem e a mulher no sertão.

Com essas chuvas volumosas que nestes dias caem na nossa região, é visível a água que escorre pelos córregos e riachos. As águas que vêm das chuvas e vão embora. Não temos, ainda, infelizmente, estruturas adequadas para a captação e armazenamento de água das chuvas. Somente nestas chuvas que caíram em Poço Redondo nestes últimos dias, em meio hectare caiu mais de 1 milhão de litros de água da chuva.

Mas quando volta a estiagem não demora muito para sentirmos novamente a escassez de água para a produção e até para o consumo humano.

Infelizmente os governos federal, estadual e municipal só se preocupam com as emergências. E ainda não há uma política pública de acesso a água tecnicamente adequada e eficiente no semiárido.

Algumas organizações populares do campo vinculadas a ASA têm se mobilizado permanentemente, formulando, propondo e reivindicando dos governos ações para a melhoria da qualidade do acesso à água no semiárido brasileiro.

No Nordeste Brasileiro já temos pequenas experiências exitosas de tecnologias de convivência com o semiárido. Tecnologias simples, viáveis e de baixo custo financeiro.

É possível viver bem no campo no semiárido. É possível construir e, mesmo com poucos recursos e com a maximização dos resultados dos investimentos, politicas públicas com investimento em tecnologias e resolver todo o problema da dificuldade de acesso à água.

Os cisternões de bacia, as de calçadões, os barreiras trincheiras, recuperação das bacias abastecedoras de olhos d'águas, e tantas outras.

Já imaginou um pequeno agricultor ou assentado poder, sem precisar de grande investimento financeiro, captar e armazenar todo ano 1 milhão de litros de água das chuvas? Esse agricultor jamais precisaria do carro pipa ou dos canos da DESO.

Isso não é sonho. Isso é possibilidade porque as técnicas já existem. E são viáveis, simples e de baixo custo. O que falta mesmo é vontade política dos governantes.

A luta continua e nenhum direito a menos.

A foto publicada neste texto é de um barreiro trincheira construído pelo Centro Dom José Brandão de Castro na comunidade Malhada das Novilhas em Poço Redondo.

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