CRITICAR É FÁCIL


Manoel Belarmino

Criticar é fácil. Até porque "pimenta nos 'óio' dos outros é refresco", já diz um velho ditado da sabedoria popular. Eu sou daqueles que defendo que toda crítica bem feita deve ser precedida de uma profunda autocrítica.

Quando a gente se envolve em política tem como obrigação, todos os dias, antes de deitar e depois de acordar, religiosamente, fazer a oração da AUTOCRÍTICA. É necessário ser duro e rigorosamente disciplinado com a gente mesmo.

O sistema político é viciante, corrupto, corruptor e degradante. É preciso diariamente travar uma guerra contra a tentações do ambiente e as tentações de dentro da gente mesmo. É preciso eliminar um vício de cada vez e a cada instante. Resistir com honestidade e dignidade em um novo jeito de fazer política requer muita vigilância, disciplina e despojamento. Somente os revolucionários têm a coragem consciente de cortar na carne os excedentes podres.

Nenhum ser político é revolucionário se não for radicalmente crítico consigo mesmo e se não construir suas críticas na teoria científica e na prática política.

Como já disse Pepe Mojica: "Quem entra na política pensando em ganhar dinheiro está no lugar errado. O lugar dele é no comércio ou na indústria. Ser político é uma missão, um serviço".

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