HÁ UM CHEIRO ESTRANHO


Manoel Belarmino

Há cheiro de sangue
E rangir de grades
Da caatinga ao mangue
Como tempestades

Um sangue inocente
Fétido, jogado
Do sangue da gente
O chão encharcado

Um grito sem voz
A voz proibida
Nem eu e nem nós
A massa oprimida

Não há mais denúncia
O roubo é abafado
Nem voz, nem pronúncia
O povo é calado

Há um cheiro estranho
Cheiro de opressão
Há gente em rebanho
Buscando o ferrão
 
A bota e o fuzil
Serão a lei mais forte
Oh Pátria Brasil,
Onde está sua sorte?!

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