POÇO REDONDO E AS SUAS RIQUEZAS IGNORADAS PELOS GOVERNANTES
Eu já postei vários textos sobre as riquezas culturais e históricas de Poço Redondo nas redes sociais, principalmente no facebook, para ver se um dia toca na alma e na consciência dos governantes municipal e estadual. E é bom frisar que não é de agora que faço essas postagens, basta ver a linha do tempo do meu facebook. Acredito que venho postando isso há uns 14 anos.
Já postei aqui textos sobre a nossa riqueza paleontológica, a espeleologia com cavernas e furnas impressionantes no Rio Jacaré e na Serra da Guia; as riquezas arqueológicas terrestres e subaquáticas com destaques para o Quilombo Serra da Guia e para o sítio subaquático de Bonsucesso e Curralinho Velho. Além dos veios de cristais de quartzo, da paleontologia, dos potenciais de turismo histórico, cultural, científico e de paisagem, dos sítios históricos de Angico e da Serra da Guia. A cultura do Cangaço, casarios e religiosidade popular. Também publiquei texto sobre a agroecologia, sobre os recursos hídricos e o acesso a água e energias. Como entender os reclamos das populações de um município pobre e os ouvidos moucos de todos os governantes que passaram e que aí estão? Como entender a pobreza em um município com tanta água margeando os mais de 23 quilômetros do nosso território, com o Lago de Xingó a menos de 30 km, com tanta terra agricultável, com sol e com tanta gente? Mas difícil mesmo é entender governos permanecerem sem criatividades, com preguiça técnica e pouca vontade política para sair da mesmice.
As grandes riquezas de Poço Redondo permanecem ignoradas por uma parte do nosso povo e principalmente pelos governantes. As nossas riquezas permanecem sem exploração em beneficio do povo. É como se uma pessoa morresse de fome em cima de um colchão de dinheiro porque não sabe ou com preguiça de comprar comida.
Uma política de geração de riquezas em um município ou território se constrói com trabalho, fortalecimento dos valores, tecnologias adequadas, maximização dos resultados dos recursos públicos aplicados e muita vontade política e, acima de tudo, capacidade técnica.
Ai dos que pensam que política de turismo é apenas atrair altos investimentos dos megaempresarios; ai dos governantes que ignoram o turismo solidário; ai dos que ignoram a economia criativa no turismo. É possível aliar uma política de turismo com a geração da Renda de Cidadania? É possível, sim. Já há experiências bem sucedidas nessa área em vários municípios brasileiros. Basta vontade política dos governantes para replicar essas práticas.
Vale lembrar o exemplo do povoado ribeirinho da Ilha do Ferro, em Pão de Açúcar, Alagoas. Não precisou de grandes investimentos, nem construir orla de altos valores, mas bastou uma boa política de turismo que a comunidade gera trabalho e renda para todos da comunidade. Vale a pena conhecer esse lugar, pois o mundo inteiro conhece Ilha do Ferro. Os políticos da região precisam conhecer Ilha do Ferro antes de falarem e tentarem implantarem políticas de turismo de qualquer jeito.
Tomara que, em 2025, alguém ouse provocar a construção de um projeto técnico e político com o povo de Poço Redondo para que possamos sair da mesmice técnica e da mesmice política.
Mas
é como diz o amigo Zé Nazário: "Mudança não significa só trocar os bonecos
que sentam nas cadeiras governamentais, mas é a construção e a implantação de
um projeto verdadeiramente novo" que faz a mudança.
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