CORDEL DAS PANELAS APOSENTADAS
Manoel
Belarmino
O preço
do gás subiu
E as
panelas tão caladas,
Sem os
gritos das fervuras
Daquelas
ruas lotadas
De
gente de classe média.
Sem
gás, panelas paradas.
As
camisas amarelas
E
vermelho já não se vê.
Impedida
de subir
Classe
média sem querer
Ao
degrau da cor vermelha
Da
pobreza vai descer.
Os
médios comerciantes
Já vêm
as vendas caírem,
Aumentarem
os impostos
E seus
dinheiros sumirem.
E as
aposentadorias
Já não
vão mais existirem.
E os
pobres já são pobres
E já
estão miseráveis,
E já
atingindo o mais baixo
Dos
degraus intoleráveis.
Tudo
isso que a gente vê
São
coisas inaceitáveis.
E os de
cima, não se sabe,
Se se
sustentam, se abala,
Moral e
respeito não
São
mais valor, que se fala.
Toda
vergonha e o dinheiro.
São
escondidos em mala.
As
malas lá dos milhões
Do
Temer e do Geddel,
Envergonhou
a nação
Amarga
mais que um fel.
Ladrões
assim continuam
Exercendo
o seu papel.
Batedores
de panelas.
Decretaram
por decreto
Aposentar
as panelas
Pra
deixar tudo bem quieto.
Sem gás
e pouca comida,
Tão
penduradas no teto.
Bandeiras
vermelhas já
Sem o
sangue estão paradas,
Das
ruas e das avenidas
Fracas
estão afastadas.
E todas
as populações
Tão
inertes e anestesiadas.
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