PARTIDOS FAZEM O QUE QUEREM COM O DINHEIRO PÚBLICO DO FUNDO ELEITORAL
Manoel Belarmino
Esse absurdo acontece aqui em
Sergipe, e parece que acontece em todos os estados. Por exemplo: O Partido
Republicanos, que tem 25 candidatos e candidatas a deputado(a) estadual,
destinou para a candidata Gracinha R$600.000,00, para a candidata Áurea Ribeiro
R$750.000,00, os candidatos Coy do Pagode, Vovozinho e Fábio de Junior Chagas
não receberam até ontem nenhum centavo do partido e os outros receberam a “merreca”
de apenas R$15.000,00 cada um. No PSD, também a situação de desigualdade
acontece. Maisa Mitidieri recebeu do Fundo Eleitoral a “bagatela” de R$1.025.000,00
(mais de 1 milhão) e outros candidatos e candidatas do partido não receberam
nada até o momento. Citei aqui os partidos Republicanos e o PSD, mas os outros
partidos, quase todos, porque alguns não tiveram nenhum centavo ainda, fizeram a
mesma coisa. Esse tratamento é dado aos candidatos a deputado estadual e a
deputado federal.
Os outros partidos também
procedem com o mesmo modus operandi na distribuição dos recursos de campanha
oriundos do Fundão Eleitoral.
Os caciques, os donos dos
partidos, de forma arbitraria, decidem para qual candidato vão os recursos
destinados às candidaturas dos candidatos e candidatas.
Esse modelo “coroné”, injusto e
vergonhoso, de distribuição do dinheiro público nas campanhas eleitorais,
privilegiando aqueles que os chefes querem que façam campanhas e se elejam, só
revela o quão é atrasada a classe política que detêm o poder de domínio dos
partidos.
Que moral têm os partidos
políticos de defender justiça social e igualdade, se são injustos na gestão dos
seus próprios partidos, tratando seus membros de forma desigual? Esse jeito de
gestão partidária é o espelho das gestões quando esses “cabras” chegam nas
prefeituras, nos governos dos estados e na Presidência da República.
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