PARTIDOS FAZEM O QUE QUEREM COM O DINHEIRO PÚBLICO DO FUNDO ELEITORAL

Manoel Belarmino 


Na noite de hoje, domingo, dia 4, por curiosidade, fui observar como anda as despesas das campanhas eleitorais dos candidatos a deputado. E, pasmem, fiquei estarrecido com o jeito injusto de os partidos utilizarem o dinheiro público. É injusto um partido registrar as candidaturas de 10 candidatos, por exemplo, e destinar 70% dos recursos de campanha para um ou dois e dividir 30% para os demais. Isso é o que está acontecendo nestas eleições de 2022 em todos os partidos, ou quase todos.

Esse absurdo acontece aqui em Sergipe, e parece que acontece em todos os estados. Por exemplo: O Partido Republicanos, que tem 25 candidatos e candidatas a deputado(a) estadual, destinou para a candidata Gracinha R$600.000,00, para a candidata Áurea Ribeiro R$750.000,00, os candidatos Coy do Pagode, Vovozinho e Fábio de Junior Chagas não receberam até ontem nenhum centavo do partido e os outros receberam a “merreca” de apenas R$15.000,00 cada um. No PSD, também a situação de desigualdade acontece. Maisa Mitidieri recebeu do Fundo Eleitoral a “bagatela” de R$1.025.000,00 (mais de 1 milhão) e outros candidatos e candidatas do partido não receberam nada até o momento. Citei aqui os partidos Republicanos e o PSD, mas os outros partidos, quase todos, porque alguns não tiveram nenhum centavo ainda, fizeram a mesma coisa. Esse tratamento é dado aos candidatos a deputado estadual e a deputado federal.

Os outros partidos também procedem com o mesmo modus operandi na distribuição dos recursos de campanha oriundos do Fundão Eleitoral.

Os caciques, os donos dos partidos, de forma arbitraria, decidem para qual candidato vão os recursos destinados às candidaturas dos candidatos e candidatas.

Esse modelo “coroné”, injusto e vergonhoso, de distribuição do dinheiro público nas campanhas eleitorais, privilegiando aqueles que os chefes querem que façam campanhas e se elejam, só revela o quão é atrasada a classe política que detêm o poder de domínio dos partidos.

Que moral têm os partidos políticos de defender justiça social e igualdade, se são injustos na gestão dos seus próprios partidos, tratando seus membros de forma desigual? Esse jeito de gestão partidária é o espelho das gestões quando esses “cabras” chegam nas prefeituras, nos governos dos estados e na Presidência da República.


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