POÇO REDONDO: UM POÇO DE RIQUEZAS IGNORADO PELOS GOVERNANTES
Manoel Belarmino*
Há mais de dez anos que posto nas redes sociais diversos textos sobre as riquezas de Poço Redondo, para ver se um dia tocam na alma e na consciência dos governantes municipal e estadual.
Já postei textos sobre a nossa riqueza paleontológica, a espeleologia com cavernas e furnas impressionantes no Rio Jacaré e na Serra da Guia, as riquezas arqueológicas terrestres e subaquáticas, com destaques para o Quilombo Serra da Guia e para o sítio de Bonsucesso, Curralinho Velho. Além dos veios de cristais de quartzo, da paleontologia, dos potenciais de turismo histórico, cultural, científico e de paisagem, dos sítios históricos de Angico e Serra da Guia. A cultura do Cangaço, casarios e religiosidade popular. Também publiquei textos sobre agroecologia, sobre recursos hídricos e acesso a água e energias.
Como entender a pobreza em um município com tanta água margeando os mais de 23 quilômetros do nosso território, com tanta terra agricultável, com sol e com tanta gente? Mas difícil mesmo é entender os governantes permanecerem sem criatividades, com preguiça técnica e pouca vontade política para sair da mesmice.
As grandes riquezas de Poço Redondo permanecem ignoradas pelo povo e pelos governantes. Permanecem sem exploração em beneficio do povo. É como se uma pessoa morresse de fome em cima de um colchão de dinheiro porque não sabe ou com preguiça de comprar comida.
Riqueza em um município ou território se constrói com trabalho, fortalecimento dos valores, tecnologias adequadas, maximização dos resultados dos recursos públicos aplicados e muita vontade política e técnica de construir políticas publicas de turismo, cultura, educação, saúde, trabalho e renda, e garantir que o povo tenha acesso às políticas públicas por direito.
Ai dos que pensam que política de turismo é apenas atrair altos investimentos dos megaempresários; ai dos governantes que ignoram o turismo solidário; ai dos que ignoram a economia criativa no turismo. Como aliar uma política de turismo com a geração da Renda de Cidadania? É possível, sim. Já há experiências bem sucedidas nessa área. Basta vontade política dos governantes para replicar essas práticas bem sucedidas.
Tomara que todos nós, cidadão e cidadãs, neste ano de 2024, provoquem a construção de um projeto técnico e político com o povo de Poço Redondo para que possamos sair da mesmice técnica e da mesmice política.
*Manoel
Belarmino é escritor, poeta, cordelista e formando em jornalismo pela
Universidade Estácio.
Parabéns incansável Poeta e estudante de Comunicação Social Manoel Belarmino!
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